Não vamos ser mais papistas que o papa.
Nada impede de usares esses anzóis, embora sejam mais indicados para iscar anelídeos (minhocas, casulo, etc.). Normalmente esse tipo de anzol tem a haste mais comprida e vai-te permitir uma isca maior. Mas às vezes o peixe "não cai" com iscadas grandes e só os conseguimos enganar com iscadas mais pequenas. Nesse caso, esse anzol vai-te dificultar a vida porque tens mais anzol para esconder.
Se vais pescar em surfcasting, a utilização do elástico para segurares a ameijoa é essencial, senão perdes tudo (ou quase) quando lançares. Se fôr à bóia ou em barco fundeado, não se utiliza o elástico e procura-se as partes mais duras da ameijoa para a segurar convenientemente.
As empresas de materiais de pesca cada vez mais vão elaborando materiais específicos, e alguns uns autênticos barretes que levam os pescadores a embarcar em compras desnecessárias. Querendo, temos à disposição no mercado anzóis especialmente dedicados a determinadas iscas, o que acho desnecessário. Talvez a competição profissional o justifique mas a pesca de lazer decerto que não.
Eu no meu caso, o anzol que considero universal para o surfcasting, é o formato Maruseigo da Asari com barbela na haste. Só no Verão com as Douradas (que por aqui só aparecem nos meses mais quentes) é que mudo para o formato Chinu da mesma marca, por ser um anzol mais resistente, esconde melhor a morte do mesmo e permite iscar bem qualquer isca, desde o Casulo ao Carangueijo. Tanto uns como os outros são anzóis de carbono. Finalmente, e depois deste testamento todo, quando isco com Sardinha ou Lula posso utilizar um anzol do tipo Aberdeen, que é mais aberto e "aconchega" melhor estas iscadas mais gordas.
Mas isto são as minhas escolhas, e o que é bom para mim, pode não ser bom para o vizinho do lado.
