Levanto-me, a esposa dorme o sono dos justos, tento o impossível, sair sem a acordar! Obviamente que não consigo. Retiro as cervejas, o camarão e o gelo do congelador, coloco tudo na arca e desço.
Arranco, á hora marcada o António, grande camarada de pesca (e não só) já me aguardava á hora no local previamente designado, e rumamos a Aveiro… A conversa da viagem antecipa a pescaria, já vemos as capturas do dia, claro que sempre de maior porte que o normalmente acontece.
Chegados á marina surge a primeira contrariedade, o Ricardo (jokker_pesca) adormeceu, o barco pronto a zarpar não esperaria por ele, logo teria que ficar em terra juntamente com as navalhas e a máquina fotográfica (que tanta falta fez).
Barco carregado, rumamos ao pesqueiro, a Galega era o nosso destino, estava previsto começar nos 45 metros, numa pedra rasa que na véspera presenteou o Sol Nascente com uma boa quantidade de besugos.
Iniciada a acção de pesca propriamente dita e os besugos começaram a entrar com um ritmo razoável, mas eram de tamanho reduzido, muitos a roçar a medida.
Continuaram as capturas de besugos, intervalados com uns carapaus, sarguinhos e umas choupas. Por volta do meio-dia saiu um parguinho na ré, fiquei alerta, queria mesmo um parguinho, há duas saídas que não lhes via a cor, o que não é normal. Mas nada, o peixe parou, deixaram de passar os cardumes por baixo do barco, a espera das picadas tornou-se demorada, resolveu-se mudar de pesqueiro, não foi unânime a decisão, eu não me manifestei, mas agradava-me mudar, sempre gostei de fundos mais irregulares, onde os peixes mais desconfiados se sentissem mais seguros para atacarem os iscos que temos para lhes apresentar.
Viagem calma, sempre a verificar o fundo do oceano, mais com o intuito de ver a localização das bolsas de peixe do que a procurar novo pesqueiro, esse estava previamente escolhido de pescarias anteriores, com 70 metros de profundidade.
Chegados ao novo pesqueiro, começaram a sair uns sargos maiores enganei um com perto de um quilo, e uns besugos. Por volta das 14 horas o António tirou o parguinho dele, mediante os meus comentários diz ele: “- Também já tiraste pargos que chegue por uns tempos, deixa lá uns para os outros”.
Claro que fiquei chateado! Iscada “especial” no ultimo anzol, lá ia tirando uns besuguinhos e uns sarguinhos, até

Mais uns peixes saíram, saiu mais um parguinho, mas eu de peito feito e alma arrebatada, a gozar a captura do dia nem liguei mais á pesca, lembrava-me dos meus parceiros de pesca: “ fecha o carreto, a linha não está a subir… ou … pá nem percebes que não estás a recolher linha”, quando viram o Bruto perceberam porque é que a linha não recolhia com facilidade. Lembrei-me muitas vezes do conselho do Pedro Lourenço “ temos tempo de os tirar, é preciso é trabalha-los”…
Eles andam mesmo lá!! É preciso insistir e NUNCA desistir
Pargo com 0 fino:
Material:
Chicote falcon prestige 0.30
Madre: Gorila 0.28
Estralhos : Seaguar surf casting 0.235
Anzol: Port chinu nº4 da sasame
E a minha vega profiler com o banax GTW
EDIT- Um bem haja ao mestre Luis e aos meus parceiros de pescaria,nomeadamente a um novo, cujo nome me esqueci, mas que me faz acreditar no futuro da pesca, ao soltar dezenas de peixes que mesmo com a medida minima permitida por lei, não tinha " a medida minima da sua consciencia" !