Depois do encontro, siga comprar isco. Casulo e só casulo, daquele fantástico com a mania que é mau e que gosta de morder os dedos.
Seguimos para a praia e montamos logo o arraial. Como sempre, o Nelson monta tudo mais rápido que eu, faz o primeiro lançamento e estava eu a acabar de lançar, quando vimos a cana dele a abanar. Nem 3 minutos e vinham os dois anzóis com uma faneca cada um.
- Nelson: "Parece a embarcada, já vêem às duas de cada vez!"
Entretanto, quando lhe pergunto se não monta a segunda cada, tungas, mais uma faneca. E eu a vê-las passar...
Lá monta a segunda cada e a partir daí foi o festival de toques! "Nelson, olha, tens aqui um sargo." Nelson: "Epá, eles andam aí! Muda um dos teus anzóis!" E eu assim fiz, mas eles não queriam nada comigo!
Por várias vezes, as duas canas dele a abanar ao mesmo tempo. "Colhe essa enquanto trato desta!" Até que tivemos as 3 canas a picar ao mesmo tempo... O que colhia primeiro, ia tratar da outra. Frio, nem senti-lo!
E foi assim pela noite dentro até acabar o isco (eram só duas doses e, mesmo com linha, vinham muitas vezes os anzóis limpinhos), as canas do Nelson 'on fire' e a minha, de vez em quando, a dar o ar da sua graça!
Fora os cachotes e sarguitos, que foram devolvidos por não terem as medidas mínimas, a conta acabou por ficar em 12 sargos e 22 fanecas. Nada mau para uma noite em que as expectativas nem eram muito altas.
Chegados ao carro, ainda deu tempo para tirar uma foto.
