Soares, companheiro. Tudo bem por aí?ffgsoares Escreveu:Na impossibilidade de pescar para lá da rebentação formada pela coroa, que é onde mais gosto de pescar também costumo tentar as abas da coroa, na verdade não costumo fazer caso/olhar muito para essa questão do correr do mar, a não ser que seja forte o arrastar das pescas mas, agora é mais uma situação que vou pôr em prática e observar os resultados.
Bela dica
Um abraço ó Ramiro
Pois, essa pesca para lá da coroa é mais vulgar aí para os teus lados. Os grandes areais de pouca ou nenhuma pedra criam invariavelmente esse tipo de pesqueiros e obrigam-nos a puxar pelas aduelas para colocar a pesca onde queremos (nem sempre). As longas coroas vão apenas mudando de sítio, ora mais a Sul ou a Norte, ora mais ou menos perto de terra ou pelo contrário. E pescar na aba paralela à praia é a técnica mais usada, de preferência na aba de fora, já que o peixe predador normalmente patrulha essa zona onde a onda enrola antes de rebentar e arrufa o fundo remexendo a eventual comedia que por lá exista. Apesar de ser uma situação diferente da discutida anteriormente, o peixe continua a comer contra-corrente, respeitando o mesmo sentido. A lógica é evidente. Vou dar outro exemplo a que nem toda a gente teve/tem acesso mas, se explica a si mesmo. Numa pesca de chumbadinha aos Sargos a partir de uma embarcação (ou não), lança-se quando o mar faz escoa rente às pedras. Se pensarmos, essa água a fazer escoa (o momento que o mar respira antes de arremessar outra vaga) está a fazer uma corrente a afastar da pedra e quiçá a arrancar comedia da pedra. É quando o peixe "ataca". A partir do momento que a corrente inverte, o peixe afasta-se para não ser empurrado sem escapatória contra as ditas pedras. É tudo lógico. Portanto, nem tudo o que agrada aos nossos olhos, eventualmente agradará aos peixes. E vice-versa.
Mais capítulos se seguirão, decerto. A conversa está boa, só não posso prometer participação sempre pronta.
Abraço a todos.