E...meus amigos tenho muita pena de não ser desta que vos mostro peixe, que sei que é isso que a malta sempre espera.
Vou relatar a bela história de mais uma grade, mas uma com muito estilo, muita distração, uma grande surpresa e quiça alguma inexperiência.
Estando eu e mais 5 excelentes companheiros numa das nossas belas praias desde as 20 horas sem sentir um peixe até á meia noite, juntamo-nos não à volta de uma fogueira, mas antes à volta de uma cana, que por acaso não era a minha, em alegre cavaqueira. Falavamos como é habitual de pesca. Uns iam contando as suas aventuras piscatórias, enquanto outros iam partilhando truques e dicas, de tal forma que as canas ficaram esquecidas.
Algumas com as montagens dentro de agua, outras nem isso tal era já no momento a fé que aquela noite pudesse de alguma forma ser proveitosa. Eu tinha a minha cana a pescar e iscada com caranguejo de dois cascos e casulo.
A dado momento um dos companheiros disse que o carreto de uma das canas que se encontrava à nossa direita estava a cantar, e outro tambem disse ouvir. Eu, sou sincero não ouvi o ou entao nao liguei, nao sei bem, ao que eles tinham dito e a conversa continuou por mais uns bons 30 minutos.
Era sensivelmente 1 da manha quando alguem disse que estava na hora de recomeçar a pesca, que a mare estava a virar. Fui recolher a linha e noto que a mesma tinha corrido toda para a esquerda, ao que de inicio nao liguei porque de facto estava a correr para esse lado desde o inicio da pesca, e como ja estava dentro de agua para ai ha 1 hora...
Começo a recolher e noto que esta presa e pensei que a chumbada tinha areado, o que ainda nao tinha acontecido, ou entao estava enredado nas linhas das 4 ou 5 canas que se encontravam à minha esquerda. Fui enrolando e andando e a primeira coisa que achei deveras estranho é que a minha linha passava por tras das primeiras duas canas como se alguem pegasse nela, a fosse tirar da agua e e a tivesse levado por tras das canas e a metesse de novo na agua. Ainda agora penso nisso e nao consigo perceber como foi a linha ali parar. Continuei a andar, agora ja tinha de alguma forma descartado a hipotese de estar enredado com as outras linhas mas puxava pela linha, cana toda dobrada a fazer força e a chumbada nao se mexia. Estava enterrada definitivamente, pensava eu quando repentinamente mas muito pausadamente começa a sair linha do carreto. Chamei o David, para me ajudar porque tinha peixe.. Isto não era uma certeza



E esta foi a historia da grade que me fez querer estar novamente na presença de outro animal com aquela força, vou persegui-lo havidamente. Este levou a melhor, mas há mais marés que marinheiros.
Agora é a hora de pensar o que fiz mal e o que posso fazer diferente.
Um abraço