Boas pescarias.
Antes de mais gostaria de manifestar o meu agrado, pelo modo salutar que o “bate-boca”, tomou determinado rumo, com esclarecimentos e ideias variadas, mesmo em detrimento da base inicial do tópico, o que acho correcto, pois se a conversa se direccionou para outro, ou outros assuntos, acho que não deve ser cortada.
Opinando sobre o que ultimamente tem sido dito, quero referir que concordo com quase tudo e principalmente sobre a cana H, “aguenta a carga” de X quilos, a outra cana M, levanta Y quilos, tudo isto na teoria e propaganda de venda, muito embora reconheça a grande resistência de alguns materiais, mas nunca vi e gostava de ver em acção de pesca, ver um pescador levantar um exemplar com 5 quilos, a peso sem ajuda, mas também acho que a propaganda funciona com os carretos T e Z, os quais rebocam mais quilos do que aqueles, etc.
Ramiro Escreveu:FILIPEPC Escreveu:
porque o trabalho é feito por os 3 elementos(cana, carrete, linha), tenho sempre a drag um pouco aberta,
Se me permites Filipe, um pequeno acrescento. Para além dos 3 elementos que anunciaste esqueceste o mais importante de todos: o pescador. As mãos contam muito, e por vezes o sucesso na recolha de um bom exemplar ou a durabilidade/resistência do material depende das mãos que o utilizam. Já vi carretos de surfcasting darem o estouro a arrastar limo simplesmente por o pescador não saber utilizar convenientemente o carreto, ou seja, fazia um enrolamento contínuo da linha atribuindo o esforço totalmente ao carreto. Este procedimento é errado, deve-se enrolar linha e ir descendo a cana até digamos um ângulo de 20 a 25º, parar o enrolamento e içar a cana, debitando o esforço de recolha ao conjunto linha/cana e depois voltando ao princípio. Dei este exemplo por ser mais fácil de entender, mas aplica-se também quando temos grandes exemplares na ponta da linha. Indo a uma técnica de pesca mais pesada e onde se observa bem isto e existem milhares de vídeos disponíveis, é o jigging pesado. Observe-se que após ferrar o peixe, nunca se recolhe linha a sacar o peixe. Esse serviço é feito pela cana, içando-a, e depois rapidamente recolhendo linha descendo a cana... e por aí fora. Por outro lado se queremos emprestar todo o esforço ao carreto, sem recorrer minimante ao drag e por que sabemos que a linha vai aguentar, damos um desgaste superior à máquina que mais cedo ou mais tarde se vai traduzir num desgosto. Claro que na pesca nada é assim tão linear e cada caso é um caso, mas devemos sempre executar e utilizar as nossas ferramentas (conjunto cana/carreto/linha) da melhor forma.
E como costuma dizer: "O material tem sempre razão".
Concordo em pleno com esta citação, que o conjunto é formado por 4 elementos, podendo-se perceber como já foi dito, que o rebocar do peixe varia de pescador para pescador, contudo todos sabemos que aquando duma ferragem, nós além de puxar a cana em sentido inverso da linha de água, também, por norma, inclinamos o troco para trás, mantendo sempre o fio em tensão, para que não aconteça o indesejado, a fuga do peixe, assim e após a ferragem, efectivamente, acho que o reboque, deve ser com já foi dito pelo Ramiro, com cana, fio e pescador, puxam o peixe e de seguida põe-se a manivela do carreto a funcionar. Assim, por norma, eu nos exemplares maiores, como é óbvio, na recuperação do peixe, está a funcionar um conjunto, tratando-se do meu tronco, cana e fio e só depois o carreto trabalha. Tronco com inclinação para trás, apenas alguns centímetros, que penso fazer maquinalmente, com esta inclinação, arrasto a cana e linha, consequentemente o ângulo de recuo da ponteira acaba por ser bastante, pois ela está alguns metros atrás das minhas costas, mas não consigo dizer o número de metros de tal distância, mas são uns quantos que tenho de recuperar, depois é só manter o ritmo até tê-lo junto a mim.
Um abraço e boa continuação.
Braga.