Comecei a delinear que tipo de montagens e que tipo de pesca, que iria utilizar no fim de semana. Montagens prontas e material arrumado, à espera de Sexta Feira, dia de partida para Stª Luzia.
Tudo combinado para sair da Figueira, às 9:30 e depois duma noite de trabalho, fui tratar de ir buscar as iscas que tinha encomendadas.
As coisas começaram a correr um pouco ao lado. Á saída do trabalho, um colega desejou-me logo, todo sorridente um “Boa Pesca”.
Cruzes, canhoto. :affraid: :<a href=htt Fiquei logo apreensivo e assim que cheguei a casa, acendi logo 20 velas e bati 100 vezes na madeira.
8:40 – Dirigi-me à loja onde tinha o isco encomendado e recebi logo outra “boa” notícia.
“As suas minhocas ainda não chegaram, o pessoal que as apanha, ainda andam para o rio. Só aqui tenho 16 pacotes e faltam outros 14”, disse a senhora.
Após olhar para a minha cara (devia ser de pânico), :face: :<a href=htt ela ficou espantada e perguntou-me se eu tinha pressa. Disse-lhe que sim, que queria estar às 10 horas na Moita e que tinha que ir para o Algarve.
Ela disse-me que ia telefonar para os tipos da isca e para eles trazerem o mais rápido possível.
Entretanto e conforme tinha combinado com o Quim Curado (que fazia anos neste dia), decidi ir buscar o Leitão Assado, que ele tinha encomendado e que seria o nosso jantar de sexta feira. Chegado ao restaurante onde a encomenda estava feita para as 9:15.
Outra boa notícia. Ninguém sabia de Leitão nenhum, para esse dia e para essa hora, disseram-me sim que o Quim tinha dito que na sexta iria lá alguém pagar o leitão, que depois iriam buscar no sábado. :scratch: :<a href=htt
Ok, isto está mesmo a correr bem, pensei eu. Como não havia leitão, decidi arrancar para ir buscar as iscas e arrancar para casa do Vasco. Só às 10:15 é que consegui sair da Gala e depois de telefonar ao Quim e ao Mário, dirigimo-nos para a casa do Vasco.
Esta paragem foi rápida e arrancamos, para Grândola, onde iríamos buscar outras iscas.
Já estávamos na A8, quando dei por falta do meu telemóvel. :http://r21.img O Vasco ainda perguntou se eu queria voltar atrás para o ir buscar. Disse que não e continuamos a viagem, até que nas Caldas, o Quim que ia à frente, se esqueceu de virar para Santarém e seguiu em frente direito a Lisboa. Nós viramos para Santarém e telefonema para aqui e para lá e decidimos que quem chegasse primeiro a Grândola esperava pelos outros.
Já chegamos a Grândola depois da uma da tarde, pelo que a loja onde íamos buscar o isco já estava fechada. Mais uns telefonemas e conseguimos resolver o problema. D
Depois de despachados, decidimos ir almoçar a Canal Caveira, que ficava em caminho. Um cozido, foi a ementa e seguimos direitos ao Algarve, onde chegamos por volta das 16:45.
Carros descarregados e fomos à praia ver o mar. Tudo como previsto, mar forte, algum vento, águas escuras, nada que me surpreendesse.
Fomos tratar do jantar, que foi tratado pelo Hélder e esperar pelo Santana, Paulo Cruz e Paulo Pires.
Um jantar agradável e divertido em boa companhia, com uma entrada de lingueirões na chapa, seguido duma grelhada mista. Regado com umas cervejas e um tinto que tinha um nome sugestivo (para alguns), “Teoria”.
No final do jantar cantamos os parabéns ao Quim e fomos dormir (alguns, porque ouve quem fosse jogar snooquer).
Sábado, 1ª prova
Ao ir para a praia e depois de ir falando com muitos dos pescadores, que tinham feito a noite à pesca, aquilo que diziam é que tinham saído pouco peixe, o que para mim era estranho. Um levante daqueles e o peixe não tinha entrado, ainda por cima de noite?
O mar mantinha a agitação do dia anterior, o levante era um pouco mais fraco que no dia anterior e esperamos pelo sorteio.
A mim calhou-me o C8 e como a zona onde íamos pescar era para a esquerda, fiquei logo no pesqueiro mais perto.
Mais ou menos, mesmo sem ter visto o pesqueiro, já tinha delineado, como é que iria pescar e depois de estudar e observar o pesqueiro, optei pelas seguintes montagens:
O pesqueiro tinha um fundão à direita, que estava delimitado por uma corda com umas bóias, que delimitavam a zona da concessão balnear, uma coroa à esquerda e por fora na casa dos 100 mts, tinha também uma coroa.
- 2 anzóis / 1,50 mt - 2 montagens em 0,55. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 anzóis / 1,20 mt - 2 montagens em 0,55. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 anzóis / 1,80 mt - 2 montagens em 0,50. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 anzóis / 1,50 mt - 2 montagens em 0,50. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 anzóis / 1,20 mt - 2 montagens em 0,50. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
3 anzóis / 1,80 mt - 2 montagens em 0,50. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 5 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
2 Rabeiras de cerca de 6 mts em 0,25, uma com Wormer 3 e outra com wormer 5
2 Rabeiras, com 2 anzóis em 0,28 e Wormer 2;
A minha opção depois de verificar o trabalhar do mar no meu pesqueiro, foi por pescar por pescar por fora da coroa (cerca de 110/120 mts)
Começei a prova com uma montagem de 1,5 mts - 0,55 / 2 anzóis – Wormer 3 e uma chumbada de 150 grs, iscada com ameijoa.
O Santana, apanhou logo 2 peixes pequenos, tendo saído mais um ou outro peixito no meu sector nesse entretanto.
Cerca de 8/9 minutos depois vi que a minha pesca se tinha deslocado. Ao pegar na cana, vi logo que vinha lá alguma coisa pesada. Até poderia ser lixo.
Comecei a sentir o peixe a bater e senti que era um peixe jeitoso, ou então seriam 2.
Trabalhei o peixe e consegui tirá-lo. Um belo sargo (que viria a pesar 570 grs). Bom início, a pressagiar uma boa prova. :hy: :cheers:
No lançamento seguinte foi uma rabeira (3 anzóis) para cima da coroa (a maré estava a encher), iscada com casulo e coreano.
A rabeira, não trouxe nada e no 3º lançamento foi a mesma montagem do 1º lançamento e para o mesmo sítio e mais um sargo a contar. Entretanto isquei a rabeira com ameijoa e camarão e lancei outra vez para cima da coroa e nesse lançamento, já trouxe 2 sargos a contar.
A coisa corria bem, continuei a apostar preferencialmente, na ameijoa e no camarão a montagem de 2 anzóis por fora e a rabeira para cima da coroa e ao fim de hora e meia, tinha 5 peixes, que me davam a liderança confortável do meu sector e talvez da prova.
Não havia assim muito peixe, e o que ia saindo, era peixe sem medida. Como deixei de apanhar peixe com as iscas “brancas”, fui utilizando outras iscas (casulo, coreano, minhoca), na procura de outros peixes.
O facto de liderar sempre o sector com larga vantagem, fez com que fizesse uma prova, sem “stress” e só na última hora é que apanhei mais dois peixes.
Terminei a prova com 7 peixes que tinham 1.336 grs, vencendo o sector e conseguindo o absoluto da 1ª prova.
Bom início de campeonato, num tipo de pesca onde me sinto confortável.
Domingo, 2ª prova
No sorteio calhou-me o A2 e sem ver o pesqueiro, recordei-me da marcação da última vez que tínhamos pescado no Barril e fiquei animado, porque nesse ano os pesqueiros A1 e A2, eram dos melhores da praia.
Chegado ao pesqueiro verifico que o pesqueiro era muito seco. Um coroa grande, que na altura não me pareceu assim tão grande e acreditava que conseguiria pescar por fora dela, onde me parecia que havia um bom fundão. Entretanto o Marques que andava por fora e estava na duna atrás de mim a observar o mar e o meu pesqueiro. Assim que chegou ao pé de mim, disse-me que eu estava num pesqueiro de “merda”. Eu contrariei-o, dizendo que não seria assim tão mau e se o peixe andasse na coroa, até poderia ser bom. Ele insistiu dizendo, que não, que o seco era muito extenso e que aquilo não tinha ponta por onde se pegasse.
Depois de estudar o pesqueiro e avaliar o trabalhar do mar no pesqueiro, tirei menos montagens que no dia anterior. Apenas as seguintes:
- 2 anzóis / 1,50 mt - 1 montagen em 0,55, com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3;
- 2 anzóis / 1,50 mt - 2 montagens em 0,50. Uma com estralhos em 0,26 e anzóis Wormer 3 e outra com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 anzóis / 1,20 mt - 1 montagen em 0,50, com estralhos em 0,23 e anzóis Wormer 5;
- 2 Rabeiras de cerca de 6 mts em 0,25, com wormer 5;
Decidi que iria pescar o mais fora possível e comecei a prova exactamente da mesma maneira que no dia anterior.
No sector e no primeiro lançamento, o Mika no A4, o Messias no A1, apanharam logo peixe. O Mika nos primeiros 3 lançamentos, a pescar fora, apanhou 5 peixes, incluindo um robalo de cerca de 600 grs. O Messias também apanhou mais dois sargos e estava confortável.
Eu comecei a achar que infelizmente, o Marques estava cheio de razão. O meu pesqueiro e durante a primeira hora não deu nada. Apenas lixo.
Foram saindo uns peixes no sector e havia apenas 3 grades, com a minha. O Sandro entretanto deu com o peixe e começou a fazer uma prova extraordinária.
Eu verifiquei que precisava de distância, muita e via que o cabeço era interminável.A minha esperança que na maré vazia, conseguiria chegar bem ao fundão, esvaneceu-se. Não havia nenhum fundão, naqueles 300 mts à minha frente. Entretanto, apenas o Sandro e Paulo Cruz no A3, continuavam a apanhar peixe e como o Mika tinha parado de apanhar peixe, nas minhas contas, apenas entrava o 4º lugar no sector.
Troquei as bobines dos carretos para mais fino (0,14 e 0,16) e desesperadamente tentava chegar o mais longe possível. Não conseguia fugir daquilo que era o meu pesqueiro. Passou-me pela cabeça lançar para o pesqueiro do Messias ou do Paulo, mas pela marcação que estava feita, seria uma “ilegalidade” de todo o tamanho.
Não estava a lançar a bem. Mesmo com 0,14, não conseguia chegar ao “vermelho” e começava a desesperar. Entretanto e pouco antes do fim da 1ª hora, apanhei um doble de bailas. Nada mau, já não era grade. Um pouco depois, mais uma bailita. O peixe dos outros pesqueiros eram sargos?????
Quase no final da 2ª hora, um linguado (16 cm) que parecia uma folha de papel vegetal. O Marques passava por lá e dizia, que o meu pesqueiro só dava daquilo. Peixes de fundo. Fiz uma tentativa de pescar perto e apanhei um susto. Tinha acabado de lançar e passado um minuto a minha vergou, como se tivesse um peixe grande, fui à cana e quando peguei nela verifiquei que a linha estava para o lado esquerdo, já em frente ao Messias. Até ali tudo corria para a direita (excepto a minha chumbada) que não corria para lado nenhum e fiquei animado. Ao começar a pescar, verifiquei que estava uito leve e comece a puxar. Verifiquei que não trazia nada. Ali perto a corrente era tanta que até levantava a chumbada de 150 grs.
Até cerca de 50 minutos do final da prova, foi um tentar de varias formas dar com peixe, alternando iscas e tentado sempre lançar um pouco mais longe.
Assim que a maré começou a encher e meteu alguma água no meu pesqueiro, as condições deste foram melhorando e acabei por fazer um “brinco” de sargos.
Outro lançamento e mais um peixe. E passado mais algum tempo outro “brinco” com um sargo e uma baila.
Entretanto acabou a prova. Nos últimos 45 minutos apanhei 5 peixes em 5 lançamentos que fiz. O Messias, apanhou 6 peixes no mesmo espaço de tempo.
No final acabei com 9 peixes e o Messias com 10, a única diferença é que os dele pesaram, 1.727 grs e os meus pesaram 835 grs.
Consegui o 5º no sector, mas fiquei com a sensação de dever cumprido. Não consegui fazer melhor, uma parte devido ao pesqueiro e outra por não estar a lançar com confiança. De resto pesquei bem, tanto que as montagens pelas quais optei, acabaram por apanhar peixe.
Agora vamos esperar pelas próximas provas, que quase de certeza vão ser diferentes.
Ab
