Dúvida - Alteração/modificação no registo de uma embarcação

[drpauloalmeida]

Caros colegas pescadores,

a minha dúvida é a seguinte: tenho um barco de 4,2m, tipo 5, registado com um motor de 9,9cv. Agora que resolvi tirá-lo das mãos do Shor Henrique (pai), preciso de carta de marinheiro, obviamente, que é o que estou a fazer... mas como o meu tempo livre não é muito, ainda vai demorar.

Assim exposto, a questão é, visto ter um motor de 4cv no estaleiro, e não sendo necessário carta de marinheiro no uso de embracações do tipo 5 ,de propulsão a motor, de potência abaixo dos 5cv, se é possivel anexar o motor mais pequeno à embarcação, podendo utiliza-lo sem ter carta de marinheiro e sem ter que transportar o de 9,9cv no barco?!. Ou terei que mudar totalmente o registo e só navegar com o de 4cv?!

Caso tenha que mudar o registo, qual a legislação que indica as taxas a aplicar nestas alterações.

Espero não ter sido muito confuso na exposição da minha dúvida...

[Ramiro]

Embora não tendo a certeza, penso que terá de alterar o registo da embarcação. Penso que uma alteração ao conjunto exigirá esse pedido de alteração e a respectiva inspecção. Mas nada como se informar na autoridade marítima mais próxima.

[drpauloalmeida]

Agradeço desde já a tentativa de esclarecimento. Aqui o SdP, para mim, é a autoridade marítima mais próxima

E não sabe se posso ter dois motores anexados a um barco? não como motor de auxilio mas como secundário, continuando os remos a servir de meio de propulsão auxiliar.

Eu irei sim à Capitania, até porque a inspecção está próxima e é preciso marcá-la, somente questionei aqui pois poderia ser mais rápido, pois a disponibilidade de me deslocar à Capitania não é muita...


boas

[Ramiro]

Os 2 motores pode tê-los, desde que as especificações da embarcação permitam a cavalagem e a montagem dos mesmos passe a inspecção.

[drpauloalmeida]

Muito agradecido,

vou tentar resolver isso este fim de semana, já que para Surfcasting na minha zona não está muito famoso, acho eu.

Depois reporto o resultado com as indicações legais para este tipo de processos.


Já agora, vou fugir um pouco ao tópico mas, ontem fui ver os pesqueiros da minha zona (100% praia de areia), a maré estava praticamente cheia, ondulação +-1m (ontem mar chão, amanhã a previsão é para 1,5m). A primeira rebentação era bem atrás, à volta dos 150m, depois a espuma resultante desaparecia com o resurgir de nova onda (significa que passou por uma zona de corrente, mais funda?), à volta dos 60 -80m. Esta nova onda tentava curvar mas só o conseguia a 5-10m da margem, onde batia quase sempre no mesmo sítio.
A margem tinha bastante inclinação e, paralelamente ao mar, não avistava cabeços salientes, mas sim constantes altos e baixos, possivelmente pelo efeito do mar de enchios que se verifica.
Correntes para norte, como costume, e ao puxar sentia várias prisões da chumbada (significa fundos moles, promissor para a pesca?).

As águas lusas, pouco oxigenadas, vento fraco de NE, temperatura da água aceitável, céu encoberto com algumas abertas para contemplar as estrelas e um pouco de chuva, míuda (chamo-lhe de chuva molha tolos).

Ora eu sei que uma foto seria mais interessante mas foi de noite...

O que questiono é, com 3 canas a funcionar, duas para longas distâncias (o possível) e uma para curtas, iscando com casulo fresco, sardinha gorda congelada, fole e até uns camarões pa testar usei. O que é certo é que nem um toque obtive

Sei que é pouca informação e que não há verdades absolutas, mas o que acham que possam ser as razões para nem um toque obter?

Escolhi o local pelos factores já referidos em cima e também porque a primeira rebentação raramente se formava numa determinada zona. Pús uma cana mesmo nessa direcção e as outras em direcções opostas.

[Paulo]

Pois as razões podem ser tantas. No limite até podia andar por lá peixe mas não estar interessado em comer.

Há dias assim, pesqueiro espectacular, mar de feição e nem um toque. [-o< [-o<

Infelizmente, e aqui na minha zona, por vezes a razão é triste e simples, artes de pesca demasiado próximas da costa.

[Rider]

Pois as razões podem ser tantas. No limite até podia andar por lá peixe mas não estar interessado em comer.

Há dias assim, pesqueiro espectacular, mar de feição e nem um toque. [-o< [-o<

Infelizmente, e aqui na minha zona, por vezes a razão é triste e simples, artes de pesca demasiado próximas da costa.

Pois é Paulo. De Lagide até Almagreira são kms de redes, que não dão qualquer hipotese do peixe passar.
È uma zona bastante rica, fundos mistos, bastante comedia, mas toques muito raramente.
Infelizmente é assim á margem da lei, tb compreendo aqueles que daquilo vivem, mas ali é demais.

Cpts.
José Matos

[Ramiro]

Muito agradecido,
vou tentar resolver isso este fim de semana, já que para Surfcasting na minha zona não está muito famoso, acho eu.
Depois reporto o resultado com as indicações legais para este tipo de processos.
Já agora, vou fugir um pouco ao tópico mas, ontem fui ver os pesqueiros da minha zona (100% praia de areia), a maré estava praticamente cheia, ondulação +-1m (ontem mar chão, amanhã a previsão é para 1,5m). A primeira rebentação era bem atrás, à volta dos 150m, depois a espuma resultante desaparecia com o resurgir de nova onda (significa que passou por uma zona de corrente, mais funda?), à volta dos 60 -80m. Esta nova onda tentava curvar mas só o conseguia a 5-10m da margem, onde batia quase sempre no mesmo sítio.
A margem tinha bastante inclinação e, paralelamente ao mar, não avistava cabeços salientes, mas sim constantes altos e baixos, possivelmente pelo efeito do mar de enchios que se verifica.
Correntes para norte, como costume, e ao puxar sentia várias prisões da chumbada (significa fundos moles, promissor para a pesca?).
As águas lusas, pouco oxigenadas, vento fraco de NE, temperatura da água aceitável, céu encoberto com algumas abertas para contemplar as estrelas e um pouco de chuva, míuda (chamo-lhe de chuva molha tolos).
Ora eu sei que uma foto seria mais interessante mas foi de noite...
O que questiono é, com 3 canas a funcionar, duas para longas distâncias (o possível) e uma para curtas, iscando com casulo fresco, sardinha gorda congelada, fole e até uns camarões pa testar usei. O que é certo é que nem um toque obtive
Sei que é pouca informação e que não há verdades absolutas, mas o que acham que possam ser as razões para nem um toque obter?
Escolhi o local pelos factores já referidos em cima e também porque a primeira rebentação raramente se formava numa determinada zona. Pús uma cana mesmo nessa direcção e as outras em direcções opostas.

Não tem de agradecer, estamos cá para nos ajudar mutuamente.

Quanto ao resto, como o Paulo Boss já disse, por vezes o pesqueiro está de feição e o peixe... foi de férias
No seu caso, esse pesqueiro apresentava um fundão ou "rião" entre a margem e a 1ª rebentação. Isto normalmente é bom, mas também é necessário haver por onde o peixe entre, ou seja, uma (ou mais) zona(s) na 1ª rebentação por onde o peixe possa entrar/sair. O tempo de NE não é grande "ajudante" à pesca (isto na nossa costa ocidental). No meio de tudo e mais alguma coisa, não podemos esquecer a nossa amiga Lua, que tem sempre grande peso na actividade do peixe. As artes profissionais demasiado perto de terra são uma necessidade para alguns mas tornam-se num problema para outros. Enfim... em jeito de desabafo acrescento que pagamos licença para dar banho às minhocas e pouco mais.