Como sou um apaixonado por tudo o que escreveu o poeta,caçador e pescador Jorge Brum do Canto, procuro revistas de colecçao da extinta revista "Diana". Pois... já devem haver aqui muitos jovens que nasceram depois da Revolução de Abril, pelo que se puderem ver lá pelos sotãos dos v/papás algumas revistas destas eu sou comprador de todas. Sou um nostalgico, é verdade,e ler as revistas de hoje , não tem nada a ver com a qualidade da escrita , inflamada e apaixonante daqueles tempos de pescarias , caçadas e temas tão actuais. Sabem..é que quando não pesco, leio e viajo no tempo em que era pescador de robalos e sargos do meu País...Agora sou um pescador emigrante.Já não vivo cá.
Espero ansiosamente as v/noticias.
Um abraço
António
Revista Caça e Pesca "Diana"(compro)
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Apenas serão aceites links para as páginas de venda dos artigos discutidos nos tópicos em questão.
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Re: Revista Caça e Pesca "Diana"(compro)
não possuo essas revistas mas encontrei alguns exemplares á venda na net:
http://covilha-castelobranco.olx.pt/rev ... d-54560772
http://chamusca-santarem.olx.pt/revista ... d-15807269
Miguel Marques
Re: Revista Caça e Pesca "Diana"(compro)
Boa Tarde António.
Hoje por acaso li o seu pedido e ao lêr as suas palavras não pude deixar de me identificar com elas. Não pretendo vender as minhas Dianas e tenho da primeira série desde 1973 a 1975 (já foram encadernadas duas vezes), ano em que aplicaram uma multa de 750.000$00 devido á primeira página da revista de Outubro ser em branco com uma cruz preta e falar da chacina da caça em Portugal, pois as coutadas foram abertas a toda a gente nessa época, e as opiniões da época diziam que as coutadas eram do outro regime salazarista. Hoje, como se sabe, (quase?) não há terreno de caça livre. A publicação fechou por isso. Depois houve mais duas séries, sendo a última do Manuel do Amaral, que até escreveu um livro de memórias sobre pesca desportiva.
Os meus 52 anos apenas me permitiram lêr as inúmeras revista de um tio da minha falecida mãe nos anos de 1971,72 e 73 por ser um jovem apaixonado por pesca e mais tarde até pela caça. Cheguei a copiar á mão os textos do Jorge Brum do Canto sobre o Sargo, o Robalo e a Dourada, que mais tarde dactilografei e hoje ainda possuo. Aquelas prosas do Cineasta, actor e escritor, Jorge Brum do Canto e também do Prof. Dr. Arsénio Cordeiro, agarravam qualquer um á leitura das suas descrições de locais, de accções e sentimentos pescatórios. O Prof. Arsénio Cordeiro era mais dado á pesca embarcada ou de alto mar. O Jorge até nas pescarias ás carpas e aos achigãs colocava-nos a beira de um paraíso numa lagoa ou barragem inóspita do nosso País e a travar batalhas com peixes quase mitológicos. Os herdeiros do meu tio (também o tratava assim) ainda hoje guardam esse tesouro, pois dos quarenta e tal anos de edição creio que só não têm um numero. Felizmente que ainda existem muitas colecções em privados e, tal como disse, até hoje nunca mais se escreveu sobre pesca como naqueles tempos.
Um Abraço
Eduardo Mendes
Hoje por acaso li o seu pedido e ao lêr as suas palavras não pude deixar de me identificar com elas. Não pretendo vender as minhas Dianas e tenho da primeira série desde 1973 a 1975 (já foram encadernadas duas vezes), ano em que aplicaram uma multa de 750.000$00 devido á primeira página da revista de Outubro ser em branco com uma cruz preta e falar da chacina da caça em Portugal, pois as coutadas foram abertas a toda a gente nessa época, e as opiniões da época diziam que as coutadas eram do outro regime salazarista. Hoje, como se sabe, (quase?) não há terreno de caça livre. A publicação fechou por isso. Depois houve mais duas séries, sendo a última do Manuel do Amaral, que até escreveu um livro de memórias sobre pesca desportiva.
Os meus 52 anos apenas me permitiram lêr as inúmeras revista de um tio da minha falecida mãe nos anos de 1971,72 e 73 por ser um jovem apaixonado por pesca e mais tarde até pela caça. Cheguei a copiar á mão os textos do Jorge Brum do Canto sobre o Sargo, o Robalo e a Dourada, que mais tarde dactilografei e hoje ainda possuo. Aquelas prosas do Cineasta, actor e escritor, Jorge Brum do Canto e também do Prof. Dr. Arsénio Cordeiro, agarravam qualquer um á leitura das suas descrições de locais, de accções e sentimentos pescatórios. O Prof. Arsénio Cordeiro era mais dado á pesca embarcada ou de alto mar. O Jorge até nas pescarias ás carpas e aos achigãs colocava-nos a beira de um paraíso numa lagoa ou barragem inóspita do nosso País e a travar batalhas com peixes quase mitológicos. Os herdeiros do meu tio (também o tratava assim) ainda hoje guardam esse tesouro, pois dos quarenta e tal anos de edição creio que só não têm um numero. Felizmente que ainda existem muitas colecções em privados e, tal como disse, até hoje nunca mais se escreveu sobre pesca como naqueles tempos.
Um Abraço
Eduardo Mendes
Re: Revista Caça e Pesca "Diana"(compro)
Caro Eduardo,
Eu tenho 48 anos, a caminho dos 49, e de facto essa ultima edição das cruzes na primeira capa, marcou-me profundamente e desde aí compreendi que nada mas nada em Portugal jamais seria o mesmo. ´Jamais esquecerei aqueles barbudos do MFA , na ponte de Vila Franca de Xira pedindo doacções de caça abatida para alimentar o exercito...A montanha de caça era tão alta que olhei para o ultimo lampião da ponte a não sei quantos mtros de altura e quase , quase já tapava a primeira luz que ténue teimava em iluminar a selvajaria, a barbárie desses tempos... Escrever como Jorge Brum, jamais . ..Deixei de ler e escrever para as revistas há algum tempo. Tenho um ultimo trabalho a saír, que será "A pesca de montanha no Norte Atlantico". Saírá um dia destes e em exclusivo para o Sitio do pescador na versão pró. Este forum assim o merece e é a minha forma de agradecer e partilhar este espaço aos Administradores e colaboradores do Sitio.
Hoje pesco somente no Norte Atlantico. é a ultima das fronteiras. Da Pesca no seu expoente máximo, onde os bandos de perdizes se misturam no ar com as gaivotas num espaço vital de sobrevivencia, onde os coelhos e os javalis, se confundem do aroma do peixe e do vento da maresia com a urze e a giesta abraçados pelo nevoeiro que cai em farrapos sob as cordilheiras.... É a magia e o espirito de Jorge Brum do Canto que brota das fragas gastas pelo tempo , feridas pelo sol, limpas pelo orvalho...
Um abraço fraterno. Talvez quando não tiver forças para calcorrear aquelas montanhas me dedique novamente á escrita e á leitura dos meus sonhos de criança.
Até breve.
António Simões
Eu tenho 48 anos, a caminho dos 49, e de facto essa ultima edição das cruzes na primeira capa, marcou-me profundamente e desde aí compreendi que nada mas nada em Portugal jamais seria o mesmo. ´Jamais esquecerei aqueles barbudos do MFA , na ponte de Vila Franca de Xira pedindo doacções de caça abatida para alimentar o exercito...A montanha de caça era tão alta que olhei para o ultimo lampião da ponte a não sei quantos mtros de altura e quase , quase já tapava a primeira luz que ténue teimava em iluminar a selvajaria, a barbárie desses tempos... Escrever como Jorge Brum, jamais . ..Deixei de ler e escrever para as revistas há algum tempo. Tenho um ultimo trabalho a saír, que será "A pesca de montanha no Norte Atlantico". Saírá um dia destes e em exclusivo para o Sitio do pescador na versão pró. Este forum assim o merece e é a minha forma de agradecer e partilhar este espaço aos Administradores e colaboradores do Sitio.
Hoje pesco somente no Norte Atlantico. é a ultima das fronteiras. Da Pesca no seu expoente máximo, onde os bandos de perdizes se misturam no ar com as gaivotas num espaço vital de sobrevivencia, onde os coelhos e os javalis, se confundem do aroma do peixe e do vento da maresia com a urze e a giesta abraçados pelo nevoeiro que cai em farrapos sob as cordilheiras.... É a magia e o espirito de Jorge Brum do Canto que brota das fragas gastas pelo tempo , feridas pelo sol, limpas pelo orvalho...
Um abraço fraterno. Talvez quando não tiver forças para calcorrear aquelas montanhas me dedique novamente á escrita e á leitura dos meus sonhos de criança.
Até breve.
António Simões