Boas
De facto a Xávega é uma pesca que embora de grandes tradições em Portugal, muito se deve questionar se ainda hj se justifica a sua prática. Temos hj muitas outras artes de pesca que serão muito menos prejudiciais e rentáveis do que a Xávega. Tenho muitas dúvidas de que a mesma seja rentável e a razão de a mesma se manter deve-se naturalmente à lei que o permite pela Portaria 1102-F/2000, não sei se a algum tipo de subsídio, ou de carácter cultural a perservar

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Qt às questões que o Orlando coloca, da limpeza da praia, dos peixes sem medida, e de toda a revolta que isso provoca, há aspectos na legislação que terão certamente de ser cumpridos, o que pelo relato não parece que tenha acontecido.
Qt às dimensões dos peixes, na Xávega pelas características das suas redes e malhagens, com cabos de alagem que podem ir até aos 3000 (três mil) metros e as redes, asas e saco, até aos 430m , considera-se que o pescado é imaturo “sempre que nas capturas de um lanço predominem espécies com tamanho inferior ao mínimo legal, a pesca deve ser interronpida até ao virar da maré“ Art.7º do Regulamento aprovado pela Portaria n.º 1102-F/2000. O pescado com tamanho inferior ao mínimo legal pode ser comercializado, no entanto se for predominante não poderá ser feito outro lanço até ao virar da maré. Para isto será necessário que quem emita a licença faça a respectiva fiscalização.
Qt à limpeza das praias, zonas de operacionalidade da Xávega, “os responsáveis pelas operações em terra são obrigados a manter as praias devidamente limpas nas áreas de pesca, não sendo permitido o abandono de peixe ou de qualquer apetrecho na praia.“ nº2 do Art.8º do Regulamento aprovado pela Portaria n.º 1102-F/2000.
frias Escreveu:Mas noutro local onde não se praticava à anos e nos limites de uma reserva se está a preparar o recomeço desta actividade para turista ver
Este facto aqui relatado pelo Frias é importante porque a mesma Portaria no n.1 do seu Art. 11º refere “não são concedidas novas autorizações nem licenciamento inicial para o exercício da pesca com Xávega“ pelo que a licença dessa campanha ou já estava atribuída antes de 2000 e se trata de uma alteração aos locais de licenciamento, ou então sabe-se lá
Qt à preservação da Xávega actualmente como forma de preservar e reconstituir costumes e tradições, não é que eu seja a favor, mas certamente que não é da forma como a Xávega se faz nos dias de hoje, com “barquitos“ a motor, redes de palmo e meio, e ……… tractores.
Esta pesca até se pode chamar de Xávega, agora chamarem-lhe de Arte Xávega constitiu certamente uma caricatura e insulto a todos aqueles que se faziam ao mar em embarcações com cerca de 44 homens a bordo, 40 deles em remos que movimentavam algumas toneladas de peso, com cabos de alagem com mais de 2 km, alados a terra por 6 juntas de bois, em que as embarcações que naufragavam tinham de ser desmanteladas no local tal era a sua dimensão. Já estou como o Pedrito, isto era para homens, não era para gajos que usam calças.
Qt mais não fosse por isso, esta já seria uma boa razão para acabar com a Xávega, com aquela que supostamente se faz nos dias de hoje.
Ab
Manel