Preservação na Foz do Arelho

Ambiente, protecção da natureza e preservação das espécies
Responder

O Sítio do Pescador

Pesquisa respostas acerca de
"Preservação na Foz do Arelho"
na nova versão do site.

Avatar do Utilizador
ruibaco
Mensagens: 408
Registado: quinta ago 29, 2002 11:00 pm

Preservação na Foz do Arelho

Mensagem por ruibaco »

Estudo Impacte Ambiental na Lagoa de Óbidos é contestado




O Instituto da Água anunciou na segunda-feira a realização de um estudo de impacte ambiental na Lagoa de Óbidos, uma decisão considerada desnecessária pelo especialista e ex-coordenador do grupo que estudou os problemas ambientais da lagoa.



Numa carta enviada aos moradores das proximidades da Lagoa de Óbidos, o Instituto da Água informa que, para efectuar as intervenções propostas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, que visam, através de dragagens, assegurar a ligação da lagoa com o mar, "torna-se necessário" efectuar o estudo de impacto ambiental.

"Dragar a Lagoa de Óbidos é fundamental, mas em pequenas quantidades e em acções pontuais. Nesse caso, não é necessário efectuar a avaliação e o estudo de impacte ambiental", afirmou hoje à agência Lusa Carlos Sousa Reis, ex-coordenador do programa governamental Finisterra - criado para diminuir as consequências da erosão do litoral.

"Se as dragagens fossem faseadas, não haveria necessidade de efectuar o estudo, só existe essa necessidade a partir de determinado de volume", disse Carlos Reis que também coordenou um grupo de trabalho sobre aquela lagoa.

Carlos Reis assinalou ainda temer que, após o estudo de impacte ambiental, "não venha a haver dinheiro para as dragagens de grande dimensão".

Desde 1999 que não são efectuadas dragagens na lagoa, uma medida considerada essencial para contrariar o assoreamento progressivo da lagoa, um ecossistema que tem seis quilómetros de comprimento e 2,5 de largura.

"O problema da Lagoa de Óbidos é um problema da quantidade e qualidade da água e acho que as dragagens devem ser feitas com bom senso. Para isso bastaria ser criada uma empresa municipal para efectuar esses trabalhos", sustentou Sousa Reis.

Carlos Sousa Reis coordenou um grupo de trabalho constituído pelas duas câmaras da zona (Óbidos e Caldas da Rainha), Instituto da Água, Instituto da Conservação da Natureza, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa, pescadores e universidades.

Além da comunidade de uma centena de pescadores e mariscadores que dependem directamente da lagoa, o ecossistema também tem importância turística, com os elevados investimentos privados que estão a ser construídos na zona.

Um dos grandes empreendimentos em construção, com vista sobre a lagoa, envolve um investimento de 200 milhões de euros e é considerado pelo governo como Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN).


ZO / Lusa

Fonte: http://www.orelhas.pt

Boas Pescarias
Responder