Roque 12!?!?!?
Sem querer complicar deixo aqui o meu testemunho...
Considerando que a opinião do Rui Valério está muito correcta eu acrescento mais algumas sugestões para te ajudar nas tua dúvidas.
Quando o Rui fala em “roubasienne” quer dizer pesca à Francesa ou seja, com canas de comprimento de encaixes e ainda há pesca à Francesa com canas telescópicas.
Sobre as bóias aconselho teres algumas baixadas até 1 e 1,20gr. atendendo que estamos em época de vento e correntes. As bóias para esta espécie devem ser bem calibradas ou seja com todo o corpo dentro de água. O segredo para que com o vento ou corrente não afunde deve-se untar muito bem a antena com vaselina e assim, esta mantém-se na perfeição sem problemas de afundamento.
Linhas- deves fazer uma baixada de 0,12 de uma boa linha e até podes ter necessidade se o peixe for grande aumentar até ao 0,14. mas o conselho vai para o 0,12 e terminais entre o 0,10 / 0,12. Estes terminais devem ter +- 15 a 20cm.
Na baixada devem ser montados chumbos em maciço ou seja, juntar todos os chumbos +- a 40 / 60cm do anzol não esquecendo o chumbo de toque que pode ser o ultimo chumbo a uma distancia do anzol de 15 a 20cm. (terminais sempre de fio fluocarbono).
Anzóis- podes usar perfeitamente os recomendados pelo R. Valério mas para este peixe tem que ser muito finos mas resistentes. Há necessidade para esta espécie manter o isco o mais natural possível e porque agora com as águas frias é importante que mantenhas por algum tempo o Asticôt (chamado bicho ou morcão) o mais vivo possível e aqui os anzóis tem a maior importância.
Iscos- sobre o que o Rui aconselha não tenho nada a dizer apenas que comprares o ver-de-vase ou fouillis para além de saber lidar com este tipo de isco quer como o modo de o deslaçar e de o iscar o maior problema é o seu preço que é demasiado elevado para as bolsas dos pescadores. E ainda o facto de ser importado o que necessita de marcação antecipada na nossa loja de pesca, e nem todas tem acesso a este produto.
Por isso, baseia-te no Asticôt que chega-te perfeitamente.
Engodos
- Deves usar sementes de cânhamo em porções muito pequenas mas sempre muito cadentes (com o mesmo ritmo) usando uma fisga de copo muito pequeno e lançado porções mínimas tipo 20 a 30 grãos.
Farinhas
- Compras 2kg. De farinha normal para bogas, 2kg. da mesma farinha mas de meia-água e juntas tudo depois adicionas 200gr. de aditivo vermelho da LaSirene mais 150gr. de farinha de cânhamo. Importante que a mesma seja mexida homogeneamente e vais juntando água até a mesma ficar consistente mas não de mais. Como primeira acção de engodar o pesqueiro à distancia que pretendes pescar com bolas do tamanho de laranjas +- 6 bolas e depois durante acção de pesca vais engodando sempre com o mesmo ritmo não com bolas mas fazendo com a mão tipo pasteis de bacalhau para que as mesmas não saiam muito apertadas e comecem a desfazer-se a meia-água. Se a acção de entrada do peixe demorar podes juntar uma porção muito pequena de Asticôt à farinha. Aconselho comprares da marca "José calado" tenho tido os maiores sucessos com esta marca.
Nota: Muito importante depois de ter a farinha pronta a utilizar crivar a mesma muito bem para que fique a mais fina possível, não deves usar a farinha grossa. Para assim, criar o efeito que se pretende que é: formar uma nuvem de atracão para o peixe e que este não se farte de comer. Podes comprar um crivo próprio nas casas de pesca.
Tambem de forma ritmada laçar Asticôt em forma de rappel com uma fisga já acima mencionado em porções de 15 Asticôt no máximo. Por cada peixe que fisgues depois de o teres tirado lança a tal porção de Asticôt e depois tratas de desferrar o peixe para que os restantes se mentenham no pesqueiro.
Uso sempre do ganapão, pois para além de este peixe ser irrequieto estás a pescar com linhas muito finas.
E já agora faz pesca sem morte sempre…
Boas pescas
Carpa Real