Pesca com redes no furadouro!

[Paulo]

Não sabia que a lei era diferente para esse tipo de pesca

Boas

Esse é tb um dos grandes problemas da pesca de costa, seja tradicional ou industrial. Cada um que por lá anda, quer uma lei à medida dos seus interesses. E depois cascamos que a fiscalização não actua. Pudera, é um rosário de leis a cumprir em cada arte. Fónix.

Ab
Manel

Nem mais...

Por exemplo, muita gente não sabe (nem eu sabia) que o palangre (aparelho) pode ser colocado pelos profissionais em qualquer local (não tem distancia mínima da costa), se quiserem no limite podem ir para cima de uma praia colocar a arte.

[SANTOSSILVA]

As instituições de caridade aceitam o pescado se lho forem levar a casa..........
Sei bem o que escrevo,pois andei por lá quase 40 anos.

[pfzeca]

Não sabia que a lei era diferente para esse tipo de pesca

Boas

Esse é tb um dos grandes problemas da pesca de costa, seja tradicional ou industrial. Cada um que por lá anda, quer uma lei à medida dos seus interesses. E depois cascamos que a fiscalização não actua. Pudera, é um rosário de leis a cumprir em cada arte. Fónix.

Ab
Manel

Nem mais...

Por exemplo, muita gente não sabe (nem eu sabia) que o palangre (aparelho) pode ser colocado pelos profissionais em qualquer local (não tem distancia mínima da costa), se quiserem no limite podem ir para cima de uma praia colocar a arte.

Paulo, Olha que estas enganado.

O aparelho é colocado mesmo junto a rebentação principalmente na altura de desova de robalos e sargos e caso passe a 1/2 milha é ilegal.

Depois tb existe a questão do tamanho dos barcos, pois quanto maior o barco maior a distancia que tem de afastar-se da costa .


O palengre tem limite da costa, a unica pesca que não tem limite da costa e pode ser exercida mesmo junto a praia é a pesca de cerco, das traneiras.


Abraço

[PedrasSalgadas]

Boas Pessoal
Acontece que a xávega não está regida pals medidas mínimas de pescado, pois considera-se morto todo o pescado capturado nestas resdes de malhas bem apertadas. Daí a fiscalização constituir um factor determinante nesta pesca, pois será em função da observação do pescado capturado que a fiscalização autoriza o número de lances que uma campanha pode dar por dia. Se as capturas forem de peixe muito pequeno, deve a fiscalização reduzir o número permitido, em contrário se for peixe com maturidade, pode autorizar um maior número de lances.

Ab
Manel

Ainda em relação à Xávega, que consiste na pesca com redes de arrasto para a praia, “sempre que nas capturas de um lanço predominem espécies com tamanho inferior ao mínimo legal, a pesca deve ser interronpida até ao virar da maré“ Art.7º do Regulamento aprovado pela Portaria n.º 1102-F/2000.

Sublinhei predominem pelo seguinte, se acaso a espécie predominante num lanço for a cavala com n caixas acima da medida mínima legal para esta espécie, e também venham na rede por exemplo uma caixa de robalos de ± 30cm, estes abaixo da medida, a espécie predominante é a cavala e portanto não se justifica à face do regulamento a interrupção dos lanços até ao virar da maré. Se a espécie predominante for a cavala, com tamanho inferior ao mínimo e venha nesse lanço uma caixa de robalos acima da medida mínima, tem que haver interrupção dos lanços até à viragem da maré.

Ab
Manel

[drpauloalmeida]

Complementando o que foi dito sobre a arte xávega, relativo ao peixe abandonado/enterrado (que também acho injustificável), o art.8 da Portaria n.º 1102-F/2000 refere: "2 - Os responsáveis pelas operações em terra são obrigados a manter as praias devidamente limpas nas áreas de pesca, não sendo permitido o abandono de peixe ou de qualquer apetrecho na praia. "

Logo, o facto de enterrar o peixe é ilegal! Voltamos à pergunta

Pergunto-me eu, que estava lá a fazer a fiscal!?!

Quanto aos apetrechos de praia, suponho redes, não vejo razão para ser proibido deixá-las na praia, não afectam ninguem e dão ar de sua graça à praia que promove o turismo rural, a meu ver.


Abr.

[aznag12]

Qt ao facto do pescado ter sido enterrado, pois essa tb é um factor que contribuiu para as conclusões da fiscalização. Bem sei que existe aqui uma certa imoralidade, mas a xávega tb é um negócio, se esse peixe fosse oferecido a quem lá estava, então tb constituía imoralidade para os que haviam comprado anteriormente, e nesse caso todos esperavam para que lhes fosse oferecido. Um pouco como ir à feira vender broas, um tipo lá porque não as vendeu nesse dia, não tem forçosamente de as oferecer. O que a fiscalização deve fazer, e estando lá talvez o tenha feito, foi o de não ter permitido outro lance de imediato, uma vez que o peixe não tinha procura.Espero ter acrescentado algum esclarecimentoAbManelPedrasSalgadas 

eu compreendo que as leis foram feitas e há que cumpri las , mas devemos lutar e criticar as que estão mal feitas, pois algo está mal numa lei (fiscalização) que deixa deitar fora o peixe que sobra, deveria sse soltá lo ou dar para alguém para comer, não nos podemos desculpar dizendo que é lei, pois muita coisa vai mal nestas leis , eu sei que foi só um exemplo mas não fálamos de broas , mas de seres vivos e da conservação prolongaçao de espécies.... também não estou aqui a dizer que o senhor é a favor deste tipo jogadas que a lei ou os pescadores fazem , ( concerteza que não) por causa de um negócio, temos é de lutar contra ou pelo menos manifestar em vez de aceitar este tipo de legislação, para evoluir, era só ai que queria chegar, não estou a criticar o que foi citado ..
eu sei que é fácil falar, mas este tipo de atrocidades até são muito pequenas em relações a outras que acontecem no mar..............................

[zedomorto]

A Arte Chavega é um tipo de pesca tradicional quase em extinção na nossa costa. Quem leu "Os Pescadores" de Raul Brandão poderá entender o que foi a vida dos pescadores que entre outros usavam esta arte....
Na minha opinião não deveremos ser mais papistas que o papa e deveremos defender a continuidade deste tipo de pesca pois é muito artesanal e não me parece que apesar da captura de exemplares juvenis seja a principal razão para a extinção de especies....devemos defender as formas de pesca mais artesanais e reprovar outras como o arrasto intensivo, na xavega existem regras que levam em conta os tamanhos e no arrasto? e no comércio? tenho visto à venda exemplares bem pequenos, de peixe galo, gorazes, besugos, tamboril, etc. e nenhum foi apanhado pela Xavega, e se é dificil inspeccionar no mar é muito fácil inspecionar a venda em terra, se não deixarem vender também não vão pescar, haja vontade, haja justiça, que a justiça não seja misturada com a politica,.....

[aznag12]

é certo que existem artes que devem ser mantidas , mas tudo dentro dos limites, e é certo que a xavegá , não é das piores, mas falando de outras artes e sem querer ser papista, mas sendo irónico , é muito lindo matar toneladas de robalo á rede numa única tirada e sargos e mais espécies como já se leu aqui em tópicos , e a falar naquilo que vejo, outro dia estava a pescar num caneiro, aproxima sse um bote um daqueles barcos pequenos de madeira, toca a desligar o motor, meter remos e claro redes, cerco feito, toca a bater no barco e fazer barulho, , estavam a cerca de 40 m 50 ou 60m ( mar chão ) , sinceramente é difícil para mim saber a distância certa, mas era perto de mais, fui-me logo embora, nem quero saber se for legal, mas é uma estupidez, se isto feito a mulitiplicar por vários barcos, durante anos e anos com certeza que vai dar cabo da espécie, só um maluco não o vê, sou totalmente contra as redes para espécies como por exemplo o robalo, nem quero falar dos arrastos como o senhor disse, então para mim arrastos, um crime, principalmente o tipo de arrasto que dá cabo do fundo do mar.......