Desde da minha apresentação aqui no fórum (terça set 03, 2013 9:59 pm) meti na minha cabeça que iria praticar spinning de mar..
Como antes tinha dito de spinning mar entendo zero... Tudo o que aprendi foi a ver videos e a ler por aqui. Tenho algumas noções de pesca pois pratico pesca no interior mas como sabem nada nada tem a ver com a pesca com o mar pela frente.
Durante a semana que me inscrevi no fórum comprei o material indispensável.
Cana: nbs/ banax tanto 3.30
Carreto: okuma trio s40
fio: flomax 0.20 multifilar de madre e um chicote de 0.35 mono.
Arranjei uma mochila velha cá por casa, e comecei a ler quais as amostras que poderiam dar resultados, na zona onde iria pescar em função da hora do dia.
Equipei me com um passeante, uns vinis fiiish, uma rapala max rap, uma popper da storm e umas rapalas que lá estavam dentro de uma caixa na loja de pesca em promoção, umas com patilha mais pequenas e outras maiores para explorar o fundo com plásticos rígidos. A juntar a isto ainda arranjei uns destorcedores e uns clip´s, um alicate, uma tesoura e um grip.
Tudo pronto arranquei para a minha primeira jornada. Cheguei lá muito vento e não dava mesmo para pescar. Vim embora como fui.
Passado uma semana li por aqui que se devia ir ao pesqueiro na maré vazia ver as condições e os locais onde o peixe poderia andar na maré cheia. Como o dia estava de praia lá fui. Lá tive a tentar imaginar na minha inexperiência total onde e que é que o peixe poderia esta na preia-mar. Fiquei com uma ideia formula na minha cabeça. Vi por lá dois pescadores de surfcastisng o que me deixou animado porque se por lá estavam então poderia haver lá peixe.
Na segunda jornada olhei a tabua das marés e meti a minhoca de molho na hora que segundo ela seria a mais apropriada.. Três horas de spinning e nada... Mar muito bravo, grandes ondas a partirem a minha frente. Nesse dia vim para casa com o seguinte dilema: depois de tanto ler e tentar imitar os mais experientes parece me que as amostras tinham pouca água para trabalhar.... Assim que entravam depressa estavam na rebentação... Algo não estava certo.... Mais umas pesquisas por aqui e comecei a notar que a malta quando o mar estava bravo pescavam com zagaias... Eu sem saber o que era la fui entrando internet dentro atá descobrir o que realmente era.. Depois dei comigo a ler "los chivos en las lubinas" e olhando para os chivos, para as zagaias e para as amostras que que costumo ver a malta nos barcos a fazer jigg lá fui a loja da pesca tentar arranjar uma zagaia e mas uma borrachinha atrás com um anzol torto. Montei dois conjuntos desses para a próxima jornada.
A 3º jornada foi hoje de manhã... Sem muita esperança, pois li que até já houve quem teve de esperar muitos meses para cobrar um robalo e que as grades fazem parte desta pesca lá fui, o tempo também ajudava..
O mar não estava muito forte mas como tinha sido eu a escolher a zagaia e a borrachinha, como tinha conjugado as cores e eu próprio a tinha montado tinha um carinho especial apanhar um robalo com aquela "montagem".
Começo a fazer uns lançamento e de repente a cana vergou e o carrete fez-se ouvir com o seu vibrante
. Como a cana ficou leve de imediato imaginei ter ficado preso numa laje e por sorte se tinha soltado.Sem ligar muito prossegui em busca daquele que independentemente do tamanho que tivesse seria o meu troféu e o meu record.
No quinto ou sexto lançamento seguinte sinto a zagaia na rebentação a ficar mais pessada do que o normal e no mesmo segundo sinto o carreto a assobiar de novo... Dei um toque na cana para cima e pensei: desta vez não é pedra.... recolhi, devagar mas continuamente e lá comecei a ver um branquinho agarrado ao isco... com o grip longe agarrei-o pela barbela já fora de agua e retirei-lhe cuidadosamente o único anzol que o podia atraiçoar... com o peixe fora de agua, chamei que me acompanhava para ambos recorda-mos o momento e depois de medido com os seus 40 centímetros estava num misto de sentimentos.. ficar com ele ou libertar? " se ainda não teve a possibilidade de se reproduzir não serei eu que a vou tirar" Sem saber o seu peso fomos os dois água dentro onde já lá dentro lhe abri a mão. Vi-o afastar e num ápice desapareceu. Fiquei tão contente que as palavras aqui seriam poucas para tentar igualar tal sentimento. Com 23 anos pela primeira vez senti aquilo que se diz de "cobrar um robalo".
Perguntei me nos lançamentos seguinte o porque de não o ter levado para o jantar e que o mais provável seria que alguém duvida-se de mim ao contar a minha história. Mas no mesmo momento lembrei me de um conto de aqui se encontra no fórum de alguém que soltou um peixe pequenino e depois apanhou o mesmo peixe mas em grande.
Não apanhei mais nada e vim para casa para vos escrever tudo isto (peço desculpa por tamanho lençol).
As conclusões que eu tirei foram duas:
1º Estou a deixar-me viciar.
2º Se não fosse este fortum está história não existiria.
Por fim, agradeço a todos os que tornam este fórum possível assim como a todos os que sem cobiça partilham os vossos conhecimentos e a vossa ética de pescador. A todos um abraço forte.
Francisco
é uma pesca que nunca fiz mas que na verdade me parece (pelo que vejo pelas praias) uma pesca que desperta interesse mesmo sabendo do facto que é, (segundo contam), de muitas grades, no entanto também se capturam belos exemplares.
