Parece que só falto eu falar destes 3 dias bem passados na companhia de grandes amigos que têm por gosto algo em comum - Pescar.
Tentei organizar um convívio para a malta pescar e também conviver. O convivio é um dos elementos mais importantes na vida dos pescadores e isso ficou patente desde o primeiro dia. Desde o encontro em Braga, ao percurso até minha casa a mostrar certas paisagens, a chegada a casa e arrancar logo para uma pescaria na barragem da Venda Nova (o Mário tirou 2 lúcio-perca e o resto do pessoal 0), a janta e a vinhaça - porra bate pra carago - e a jogatana de matraquilhos (qual era o preço de uma partida?). Nessa noite dois não dormiram (flex e Mário) tal era o vício. Às 6h30m da manhã arrancamos para os Pisões ( o Paulo ficou a dormir) e começamos a pescar por volta das 7h15m. Já lá estavam dois pescadores de Guimarães com uma truta no cesto. Estivemos a pescar (ao corrico principalmente) e só o Mário - novamente - tirou mais dois lúcio-perca pequenos que foram devolvidos ao remetente. Por volta das 10 h levantou-se um vento que tivemos que levantar ancora e zarpar. Os dois colegas que lá estavam já tinham tirado mais duas trutas de kg e deixado fugir uma outra. Fomos a casa buscar o resto do pessoal e fomos almoçar em Lama da Missa no restaurante Albufeira - Carne assada, sopas, vinho, águas, cafés para 7 adultos e 3 crianças por 60 €. Pelo caminho paramos no paredão da barragem e ainda vimos sair uma truta a uns senhores de idade. Outros 3 pescadores já tinham 3 guardadas na geleira. Como o vento não tinha parado resolvemos ir para um local mais abrigado deste para as Marias e a criançada gozarem o momento mas mais fraco em termos de pescarias. Nesse local ainda se juntaram o Alvaro (A.silva) e o Vieira - que foi para o local onde iríamos deixar os carros de manhã, perto de onde iriamos fazer a pescaria, dormir na sua carrinha. A minha Sofia - tem 3 anos - tirou o seu primeiro peixe. Uma perca-sol. No fim do dia resolvemos ir para o paredão e o Paulo ainda teve uma presa mas que acabou por fugir. Deu para sentir a luta que elas fazem e o Álvaro tirou outro Lúcio-perca maiorzito que os que haviam saído. Regressados a casa foi comer e cama.
Na manhã seguinte só eu e o flex é que tivemos coragem para madrugar. Chegados ao pesqueiro acordamos o Vieira e arrancamos para o local onde iríamos pescar. Ao mesmo tempo chegaram 3 pescadores de Guimarães e ocuparam outros locais. Passados alguns minutos um deles tira a primeira truta. O tempo passa e nem mais um toque até que o flex se lembra de ligar ao Mário para levar café e um mata-bicho. Ao fazer a chamada recebe uma outra mas em outro local... era o carreto a dizer que tinha ferrado uma truta. Alguns momentos de pura adrenalina e eis que ela chega perto. Camaroeiro pronto e zás cá fora. Uma truta com 1,5kg. Fotos da praxe para a recordação (Flex coloca aquela que se vê melhor o peixe) e novamente cana na água. Entretanto chega o resto de pessoal (alguns já íam em direcção a ... Vila Nova de Cerveira, imaginem a orientação), o mata-bicho e o vento também. Esperamos até perto da 1 da tarde e fomos almoçar. Pelo meio muita troca de conhecimentos e conhecer novo pessoal. Fomos almoçar na Francesa - Restaurante Rabagão - e para nove pessoas pagamos... 113€ e comemos pior que no outro restaurante. Por volta das 16h acabamos e o Paulo rumou a Peniche com a Maria. Os restantes ainda foram fazer uma perninha na barragem da Venda Nova. Mal lá chegamos começamos a ver a trovoada a formar-se na barragem dos Pisões e em dez minutos (o tempo de arrumar o material) chegou não dando tempo de chegar aos carros. Cada um tomou o seu caminho e ficou o gosto para uma nova pescaria no próximo ano. Até lá vamos tentar os sargos com o amigo António Simões, que já nos tinha deixado água na boca com os seus escritos, mas com as suas histórias de Corrubedo não nos deixa alternativa. Haja mar e tempo para eles.
Obrigado a todos pelo companheirismo e até uma próxima. Para o anos cá vos espero...