sargalhão Escreveu:Caros amigos
À muito que ando para perguntar isto por estas bandas.
O tema encontra-se ligado com à forma de interacção do peixe com o meio ambiente / pescador.
As perguntas são simples:
→ A teoria de Pavlov (Reflexos condicionados) poderá ser aplicada à pesca?
→ Poderemos tirar proveito deste estudo nos actos de pesca?
DNN
Julgo que sim. Os reflexos condicionados do Pavlov são apenas um capitulo do estudo que ele efectou sobre o comportamento dos animais, iniciando os seus estudos pelo processo de Aprendizagem. O meu texto na primeira página deste tópico refere-se a isso a aprendizagem como resposta aos estimulos.
sargalhão Escreveu:→ A teoria de Pavlov (Reflexos condicionados) poderá ser aplicada à pesca?
→ Poderemos tirar proveito deste estudo nos actos de pesca?
Boas
Penso que sim. Aliás, neste último encontro na Barragem da Aguieira, um dos pontos focados pelo pessoal do CarpFishing foi precisamente a razão e os pressupostos dos engodos que eles defendem e praticam.
Praticar uma engodagem que não se estabeleça apenas nos atractivos para o peixe, mas que leve e contribua para a alimentação de um nº significativo de efectivos, e que crie um hábito ou um estimulo que leve o peixe a procurar o alimento num determinado local da massa de água. Onde posteriormente farão a acção de pesca, que se pode estender por diversos dias.
paulo Escreveu:Sim a cabeça de camarão com as patinhas todas e caca à mistura é um excelente isco...
Agora essa das patas (só) nunca experimentei, mais uma para testar. =D>
PS: Ainda não consegui experimentar as cracas, quando o mar está bom, não posso ir pescar, quando até podia ir pescar, não está mar ou tempo em condições. Mas não está esquecido.
Acho mesmo que a frequência de um tipo de engodo em determinada zona poderá provocar habituação às espécies que por lá coabitam. Mas este raciocínio sem dúvida liga-se fortemente aos rios. No mar é um bocadinho mais discutível.
No mar penso que o tipo de engodo poderá não ser o cerne da questão mas a sistematização; a frequência de engodagem; às mesmas horas talvez, quando praticado por um único individuo (pesqueiro secreto).
Por outro lado as zonas de eleição das massas (pescadores eruditos) arrasta grandes quantidades de alimento, quer por engodagem directa quer mesmo de forma indirecta → lixo. Esta última situação também proporciona alimento regular aos peixes da zona. Este ponto aproxima-se fortemente ao raciocínio do Karva em relação à alteração dos hábitos dos peixes.
Mas acho que poderemos provocar esporadicamente esses reflexos condicionados aquando das nossas pescas ocasionais. Refiro-me claramente as que se utiliza engodo.
Na minha opinião se mantivermos uma cadência de engodagem orientada; com lógica; com sentido e fortemente propositada poderemos facilmente tirar proveito da forma de actuação do peixe. O que quero dizer com isto é que até o próprio “splach” da colherada de engodo a cair na água, se for efectuada com cadência e vigor, poderá provocar o efeito de salivação do cão, explorado por Pavlov.
Neste caso obviamente que o peixe não saliva, mas ouve muito bem como também percepciona ainda melhor pela linha lateral.
Acho mesmo que sendo o som muito mais rápido na sua propagação que o cheiro, o reflexo do peixe deverá ser similar à reacção normal de qualquer animal terrestre. Assim a campainha que Pavlov ousou para o cão ou mesmo na galinha, neste caso é substituída pelo splach da colherada de engodo.
Francamente este último raciocínio já foi explorado por mim em duas espécies de frequentemente partilham habitats – Salemas e Sargos.
Os resultados foram muito acima do surpreendente visto que em zonas de pouca água (50cm a 1 metro) o peixe ia e vinha consoante o som da colherada. Ora escondia-se ora aparecia.
Nas Tainhas e nas bogas, não sei se alguém já reparou, aquando estas encontram-se na tona d’água, que muitas vezes basta levantarmos o braço com a colher de engodo para os peixes se deslocarem para o sítio escolhido por nós para a engodagem.
Neste último caso não é o som (da campainha) que surpreende mas simplesmente a visão; os movimentos; a sequência de movimentos; o ir buscar ao balde e arquear o braço para lançar o engodo.
O peixe vê claramente isto e reconhece que vem “papa” pelo caminho.
DNN
depende para que pesca for, se for para pesca ao robalo á boia é melhor o tradicional vivinho, se for para embarcada aos "varios" diria que o congelado barato ate sera melhor
Eu uso esse camarão (Pingo Doce) e tem servido perfeitamente.
Ao falar em tradicional camarão, não percebo muito bem o que é que chama de tradicional. Está a referir-se ao camarão selvagem mais caro? Ou à camarita de que o aranha fala?
