O Sítio do Pescador

Ramiro Escreveu: Claro que, havendo prática e no caso de estares a puxar para cima peixe mais miúdo, podes relaxar um pouco a concentração e fazer a coisa a olho. Mas se estiveres a puxar um maiorzito, daqueles que já metem algum respeito mas ainda não suficiente para chamar pelo xalavar, podes acto contínuo trazê-lo para dentro do barco sem paragens ou afrouxamentos por estares à procura do início da montagem.

O problema para mim neste caso é que se o tal peixe já tiver um bom tamanho, chega a uma altura com a excitação que perco a noção das voltas e lá vai mais uma ponteira [-o<

ATLANTIS Escreveu:O problema para mim neste caso é que se o tal peixe já tiver um bom tamanho, chega a uma altura com a excitação que perco a noção das voltas e lá vai mais uma ponteira [-o<

Normalmente, se a montagem encosta à ponteira o peixe já estará alto demais quando se puxa para dentro, isto se a cana tiver 3 ou mais metros de comprimento e pricipalmente se o mesmo vier ferrado no anzol de cima (montagem de 3 anzóis). Muitas vezes quando isso acontece, é o parceiro do lado ou do lado oposto do barco que leva com o peixe na tola.
Há que gozar a captura e gozar a excitação, mas tentando sempre controlar as emoções e a situação. Sei que é difícil, mas é mais uma meta que se pode tentar atingir e nos conduz à perfeição (se assim se pode chamar). E para isso, nada melhor que ir praticando com peixe mais pequeno.

Compreendo perfeitamente o que o Ramiro quer dizer e para evitar isso quando não tenho a tal bolinha, procuro deixar a ponta da cana um pouco mais longe da água para deixar o tal comprimento suficiente para conseguir puxar o peixe para dentro do barco. Provavelmente é mais um erro que eu cometo e que provoca mais esforço na cana, mas só o faço quando sinto que o inicio da montagem está proximo. DE qualquer forma eu por norma tambem conto o nº de voltas como disse o Ramiro, o que acontece é que são muitas vezes que a contagem falha e por isso prefiro neste momento continuar a usar a bolinha pelo menos até sentir que já não faz falta.

ATLANTIS Escreveu:por isso prefiro neste momento continuar a usar a bolinha pelo menos até sentir que já não faz falta.

Acho que isso é o mais importante, uma pessoa estar "confortável na pesca", se se consegue pescar sem bolinha, ou dito de outra forma, se se consegue pescar sem a bolinha e sem estar preocupado se bate ou não bate na ponteira, tanto melhor.

Se ainda não se está à vontade para tal, então se calhar deve usar-se a tal bolinha, sempre é menos uma preocupação / distracção, entretanto com a pratica deixará de ser necessário a bolinha e poderá deixar-se de a utilizar.

Eu inicialmente não utilizava, mas por vezes lá me distraia e batia na ponteira, por sorte nunca parti nenhuma assim. Ultimamente tenho usado uma em esponja, que tem um buraco suficientemente grande para passar no nó da união do multi ao mono. Nas ultimas duas saídas já nem toquei na ponteira, mais duas ou três, já estou habituado e posso retirar então a bolinha.

Acho que o mais importante é estarmos a desfrutar da pesca e do momento, se a bolinha permite retirar uma preocupação, não vejo mal em utilizar (claro que há desvantagens). Depois quando já fizermos os movimentos coordenados, tivermos as maniveladas e os tamanhos interiorizados (sem ter de fazer contagens) podemos deixar de a usar. Eu vejo a bolinha como a rede do trapezista, quando o trapezista já tem experiência, já acha que não cai, pode tirar a rede.

Claro que por vezes, mesmo com experiência, até cai.

ATLANTIS Escreveu: procuro deixar a ponta da cana um pouco mais longe da água para deixar o tal comprimento suficiente para conseguir puxar o peixe para dentro do barco. Provavelmente é mais um erro que eu cometo e que provoca mais esforço na cana, mas só o faço quando sinto que o inicio da montagem está proximo.

Não é nenhum erro. A cana deve estar razoavelmente levantada para a mesma poder efectivamente fazer o seu trabalho de cobrar o peixe. Essa distância maior à água dá mais curso de amortecimento, por tabela cansa melhor o peixe e vês com precisão a chegada da montagem e respectivo(s) peixe(s). Se estiveres a recuperar com a ponteira muito baixa, tens pouca folga de manobra. Não sei se me faço entender.

Ramiro Escreveu:

ATLANTIS Escreveu: procuro deixar a ponta da cana um pouco mais longe da água para deixar o tal comprimento suficiente para conseguir puxar o peixe para dentro do barco. Provavelmente é mais um erro que eu cometo e que provoca mais esforço na cana, mas só o faço quando sinto que o inicio da montagem está proximo.

Não é nenhum erro. A cana deve estar razoavelmente levantada para a mesma poder efectivamente fazer o seu trabalho de cobrar o peixe. Essa distância maior à água dá mais curso de amortecimento, por tabela cansa melhor o peixe e vês com precisão a chegada da montagem e respectivo(s) peixe(s). Se estiveres a recuperar com a ponteira muito baixa, tens pouca folga de manobra. Não sei se me faço entender.

Tambem há sempre aqueles que gostam de arrefecer a ponteira na agua

pedrolourenco79 Escreveu:

Tambem há sempre aqueles que gostam de arrefecer a ponteira na agua

Pois é isso de arrefecer a ponteira não sei, mas eu sempre pensei que esse gesto servia apenas para provocar menos esforço na ponteira e consequentemente na cana. Ou estou errado?

ATLANTIS Escreveu:Pois é isso de arrefecer a ponteira não sei, mas eu sempre pensei que esse gesto servia apenas para provocar menos esforço na ponteira e consequentemente na cana. Ou estou errado?

Se as canas não fossem precisas para ajudar a suportar esforço e cansar o peixe, poderíamos pescar com paus de vassoura, sem qualquer tipo de acção. Mas repara, quanto menos esforço entregares à cana (dentro dos limites), alinhado-a com o fio, mais carregas o mesmo, dando-lhe o trabalho todo (ao fio). Aí não terás o conjunto cana/carreto/pescador em sintonia.