ler o mar

[Ramiro]

É quase impossível explicar por escrito. Mesmo com fotos não é fácil, já que é vital observar a dinâmica das águas. No entanto vou colocar uma foto, que apesar não ser das melhores poderá dar uma ideia do que procurar.

Legenda:
zona A: zona mais funda, podendo ser fundão ou rião conforme o comportamento da água se é mais "parada" ou faz escoa.

As zonas de rebentação denunciam zonas menos profundas, de areia ou lagido. Se numa zona mais afastada da margem a água rasgar, abrindo espuma, estaremos em presença de alguma pedra ou grande coroa de areia.
De qualquer forma, se não tem ninguém por perto que possa dar umas luzes, com as indicações que dei e observando os fundos na maré vazia, tentem compreender o comportamento das águas na maré cheia, desenvolvendo assim a capacidade de análise.

[Ramiro]

Pois mas melhor explicado só a vivo e a cores...
Os fundões normalmente caracterizam-se por terem águas mais escuras (=mais fundas) e onde (caso tenha vaga a formar-se antes) a vaga perde força ou até desaparece.
Coroas de areia é onde normalmente faz rebentação e espuma.
Uma leitura cuidada dos tópicos referidos, atento aos pormenores e no intuito de tirar dúvidas e não de procurar uma teoria sobre ler o mar...

[Andr3_Magnata]

Muito obrigado Ramiro!
Para mim, algo dificil é mesmo ver as diferentes tonalidades na agua. Para mim é tudo o mesmo.
E raramente vou para os pesqueiros em plena baixa mar. Quando voltar a acontecer, vou tentar olhar com mais cuidado.
Agora tenho ido molhar as canas de dia, com a namorada, da para fazer esse exercicio. Alias, vou preparar as coisas e partir para outra pescaria diurna.
Pode ser que mais logo tenha alguma historia para contar.
Abraço e mais uma vez, obrigado.

[Ramiro]

Muito obrigado Ramiro!
Para mim, algo dificil é mesmo ver as diferentes tonalidades na agua. Para mim é tudo o mesmo.
E raramente vou para os pesqueiros em plena baixa mar. Quando voltar a acontecer, vou tentar olhar com mais cuidado.
Agora tenho ido molhar as canas de dia, com a namorada, da para fazer esse exercicio. Alias, vou preparar as coisas e partir para outra pescaria diurna.
Pode ser que mais logo tenha alguma historia para contar.
Abraço e mais uma vez, obrigado.

Se vais para a praia, aproveita e observa. Claro que quando se tem um ponto alto de observação é mais fácil. Quando isso não é possível, observa o comportamento das águas. Se observares atentamente verás que existem diferenças substanciais. A dinâmica da rebentação acusa a maior ou menor profundidade ou a existência de rocha/lagido.
Qualquer dúvida, dispõe.

[ruiromeu]

muito obrigado pelas vossas explicaões,foram bastante esclarecedoras,agora só com a pratica e no terreno(mar)é que vamos tentando aprefeiçoar e perceber melhor.
ABR
Rui Romeu

[Andr3_Magnata]

Nas praias que frequento nao existem pontos altos e em nenhuma, penso eu, ha rochas no fundo.
Portanto só mesmo coroas e fundoes.
Hoje esperava apanhar a baixa mar, mas atrasei-me um pouco na hora da partida ja nao a apanhei muito baixa. No entanto, tenho reparado que por aqui nao tem havido grandes ondas para poder estudar.

[Ramiro]

No entanto, tenho reparado que por aqui nao tem havido grandes ondas para poder estudar.

Quando o mar é muito manso, o peixe espalha-se e "pasta" um pouco por todo o lado. Quando assim é, o que pode valer é exactamente a observação do terreno na maré vazia (caso se vá fazer a enchente/cheia). E também o conhecimento da zona é importante, se por exemplo existem rochas isoladas ou pequenos aglomerados. Com mares muito mansos, durante o dia, o peixe gosta muito da sombra da pedra (daí muitas vezes 2 canas lado a lado e só uma captura peixe pois está uma do lado do sol e outra do lado da sombra ). Existem muitas nuances para cada praia/pesqueiro. Só muitas idas à pesca e quiçá muitas grades podem aprimorar o conhecimento e experiência, que mesmo assim nunca será infalível.

[Andr3_Magnata]

Claro, nada é infalivel.
Por aqui nao deve haver essa questao de sol/sombra, pois estas praias nao tem rochas.

Sexta vou fazer uma romaria, espero conseguir estar despachado a horas de apanhar baixa mar.