). Uma vez que as pescas por aqui têm andado fracas, devia chegar. Pelas 20h30 cheguei à Foz, e, surpreendentemente nem estava assim tanto frio. Material às costas e arranco direito ao pesqueiro: o local pretendido estava vago e vá de montar o Super Ultegra na Tubertini. A primeira iscada, para abrir as hostes, seria de sardinha. E onde está ela?! Dasss, ficou no carro (e então que ele tava perto! 
). Bem, tenho mesmo de começar pelo casulo, ainda meio congelado. Minhoca no anzol, e pedrada lá pra dentro: lançamento na ordem dos 100 metros, corre um bocado pra norte e encosta na surripa de uma coroa. É mesmo aí que vais ficar, enquanto vou ao carro buscar as sardinhas. Corrida até ao veículo, outra corrida de volta até à cana, e bofes de fora: dasss, que isto de correr com vadeadores puxa pelo cabedal! Olho para a cana, fio totalmente bambo: correu muito e tenho o fio todo cá fora pensei. Vai de recolher umas dezenas de metros quando sinto algo; trago peixe, pequeno mas vem lá qualquer coisa. Acendo a lanterna e vejo um sargo na ordem das 700 grs; pra começar não é mau... Mas não era bem disto que vinha à procura; nesta altura os cabeçudos já deviam andar a dar ares da sua graça, mas este ano tá difícil. Nova iscada, desta vez com anzol 0/2 e um bom naco de sardinha. Nesta altura a maré já repontava, o ideal para enganar algum matulão que por ali andasse. Lançamento a esticar, 110/120 metros. Volto pra trás, para colocar a cana no respectivo suporte quando sinto duas boas cabeçadas: ficaste lá ou não? Começo a recolher, com calma, mas vi logo que não trazia nada. A sardinha vinha toda moída e faltava um bocado. O peixe não ferrou, mas era um bom indício, andava ali qualquer coisa. Novo estralho, e desta vez isco a sardinha com dois anzóis; com estas iscadas XXL é melhor jogar pelo seguro. Novo lançamento, chumbada a voar para trás da rebentação. Fico um bocado com a cana na mão, mas não dá qualquer sinal. Suporte com ela, tá na hora da sandocha (sandes de presunto com sabor a sardinha é um espectáculo!). Nisto passa um camarada e mete conversa "...isto tá muito fraco, tá muito mar e o peixe não encosta..., levo aqui dois sarguitos de kg, mais nada...". Bem, se acabasse a jornada com dois sargos desse calibre já me dava por bem contente. A noite começa a arrefecer e o desconforto a instalar-se, os pés já se queixam. Nisto, a ponteira da cana dá um toque subtil, seguido de outro mais pronunciado. Deve ser apenas a ondulação a pegar no fio, penso eu, mas pelo sim pelo não, recolho a pesca. Meia dúzia de maniveladas e confirma-se, trago peixe, mas pela luta que oferece, nem deve ter medida... Continuo a recolher e daí a instantes está a seco, afinal até escapa na medida, um robalote na casa das 700/800 grs. Tinha a sardinha totalmente embuchada, daí não ter "estrebuchado" muito quando se sentiu ferrado. Pudera... Volto a lançar, mas entretanto começa a correr muito e a pesca torna-se impraticável. Ainda insisto mais um bocado, mas nem mais um toque. Tá na hora de arrumar a tralha e rumar a casa. No caminho até ao carro ainda encontrei uma lanterna dos chinocas meio enterrada na areia e em muito mau estado, mas ainda a dar luz. Material bom . Se pertencer a algum camarada aqui do fórum, que se acuse, está em minha posse e terei todo o gosto em devolvê-la ao legítimo proprietário. Ainda não foi desta que dei com os "cabeçudos", mas não perdem pela demora..., pode ser que amanhã corra melhor. Que raio de relato tão longo e com tão pouco peixe! Boas pescas! 
Material Utilzado
Cana: Tubertini Eurocasting Energy 4.40m (100/250 Grs)
Carreto: Shimano Super Ultegra 10.000 XSA, bobinado c/ fio Fishing Ferrari 0.30mm
Estralhos: Fluorcarbono Gorilla UC4 0.40mm, anzóis Gamakatsu
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, (fico a imaginar tudo o que o pessoal deve ter sentido na hora 
